sábado, 2 de abril de 2011

Topônimo Cruz

IAGO – 1725, um retirante morrera de fome.

CORO – Morrera de fome (Leandro cai e morre)

DANI – E estes pés por onde andaram? Quantas travessas, quantas ruas, quantas calçadas!

FABIANA – Passou por um cajueiro. Mas quantos cajueiros têm?

ALINE - E esses olhos fundos; por que os olhos fundos?

LEILIANE – A fome!

DANI – A seca.

IAGO – E a lagoa da Cruz?

ALINE – A seca levou!

LEILIANE – Pouca água, para muita sede matar!

RODRIGO – E esse rosto que se acabara no sol.

FABIANA – A pele ressequida que o sol abrasou.

RODRIGO – Meio dia!

DANI – A natureza trabalha.

IAGO – A vida humana. Esta vida que não vive mais.

ALINE –

LEILIANE – Uma Cruz, um marco na história.

RODRIGO – Muitos passaram por ali...

TODOS – Na Cruz!

LEILIANE – Uma luz apagou!

IAGO – E outros acenderam.

TODOS – Na Cruz!

DANI – Uma cidade nasceu!

TODOS – Na Cruz!

RODRIGO – Vidas passaram.

FABIANA – Aqui morreu e aqui nascerá.

ALINE – E aonde muitos vivem.

TODOS – (baixinho) Na Cruz.

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