IAGO – 1725, um retirante morrera de fome.
CORO – Morrera de fome (Leandro cai e morre)
DANI – E estes pés por onde andaram? Quantas travessas, quantas ruas, quantas calçadas!
FABIANA – Passou por um cajueiro. Mas quantos cajueiros têm?
ALINE - E esses olhos fundos; por que os olhos fundos?
LEILIANE – A fome!
DANI – A seca.
IAGO – E a lagoa da Cruz?
ALINE – A seca levou!
LEILIANE – Pouca água, para muita sede matar!
RODRIGO – E esse rosto que se acabara no sol.
FABIANA – A pele ressequida que o sol abrasou.
RODRIGO – Meio dia!
DANI – A natureza trabalha.
IAGO – A vida humana. Esta vida que não vive mais.
ALINE –
LEILIANE – Uma Cruz, um marco na história.
RODRIGO – Muitos passaram por ali...
TODOS – Na Cruz!
LEILIANE – Uma luz apagou!
IAGO – E outros acenderam.
TODOS – Na Cruz!
DANI – Uma cidade nasceu!
TODOS – Na Cruz!
RODRIGO – Vidas passaram.
FABIANA – Aqui morreu e aqui nascerá.
ALINE – E aonde muitos vivem.
TODOS – (baixinho) Na Cruz.
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